Se você acha que manutenção é apenas “consertar o que quebrou”, está na hora de atualizar sua visão. Na era da manutenção preditiva e da Indústria 4.0, o analista de manutenção é uma pessoa estratégica nas operações industriais. Ele organiza a manutenção: planeja, analisa, otimiza e antecipa problemas antes que virem prejuízo.
Neste artigo, vamos explicar o que faz um analista de manutenção, quais são suas principais funções, habilidades exigidas e como está o mercado para essa profissão.
O analista de manutenção é o profissional responsável por planejar, controlar e analisar as atividades relacionadas à manutenção de equipamentos, instalações e sistemas. Ele se preocupa com os ativos funcionais, e atua como elo entre a operação e a gestão estratégica da empresa.
Diferente dos técnicos de campo que realizam o serviço físico nas máquinas, o analista trabalha nos bastidores. Esse profissional atua na organização, para que tudo ocorra no tempo certo, com o menor custo possível e máxima eficiência.
O dia a dia de um analista de manutenção é dinâmico e envolve diversas atribuições estratégicas. Ele é responsável por elaborar e atualizar planos de manutenção preventiva e preditiva, analisar índices de confiabilidade como o MTBF (Tempo Médio Entre Falhas) e o MTTR (Tempo Médio de Reparo). Além disso, o analista é capaz de gerenciar ordens de serviço, programações e agendamentos de atividades. Também organiza documentações técnicas essenciais, como históricos, laudos e planos de manutenção, levanta e analisa indicadores de desempenho (KPIs). Atua na interface com fornecedores e no controle de contratos de serviços terceirizados, participa da implantação de sistemas GMAO (Gestão da Manutenção Assistida por Computador). Por fim, ele propõe melhorias nos processos e na aplicação de novas tecnologias que possam elevar a eficiência e a confiabilidade dos ativos.
Para ser um bom analista de manutenção é fundamental desenvolver um conjunto sólido de habilidades técnicas e comportamentais. Por esse motivo, a organização e a disciplina são indispensáveis, uma vez que o profissional precisa lidar com múltiplos ativos, prazos e gestão de recursos, exigindo atenção rigorosa aos detalhes. O conhecimento técnico também é essencial, envolvendo a compreensão do funcionamento de equipamentos industriais, conceitos técnicos relativos às áreas: elétrica, mecânica, hidráulica e automação. Além dessas áreas técnicas, o raciocínio analítico é uma competência-chave, permitindo interpretar dados, identificar padrões e propor soluções baseadas em fatos concretos, e não em suposições. Ter uma comunicação clara é igualmente importante, tanto na redação de procedimentos e relatórios quanto na interação direta com técnicos e gestores. O domínio de softwares de manutenção, como GMAO, Power BI, Excel Avançado e ERPs industriais, complementa o perfil, permitindo análises e gestão eficiente.
A digitalização da indústria impulsionou a demanda por profissionais capazes de transformar dados em decisões inteligentes. De acordo com as plataformas de empregos, a função de analista de manutenção está entre as mais procuradas no setor industrial. Pesquisas mostram que esse profissional é requerido principalmente nos segmentos de alimentos e bebidas, mineração, papel e celulose, automotivo e energia.
Com o crescimento do conceito de manutenção 4.0, quem domina gestão de indicadores, análise preditiva e integração com IoT e sistemas em nuvem tende a ter ampla empregabilidade e valorização salarial.
Em uma planta automotiva, o analista de manutenção implementou um sistema de monitoramento de vibração em motores críticos. Através da análise contínua dos dados, conseguiu antecipar uma falha grave no eixo principal de produção. Resultado: economia de mais de R$ 200 mil em perdas evitadas, além de reforçar a confiabilidade da linha de produção.
O analista de manutenção é muito mais do que um organizador de tarefas: é um gestor estratégico dos ativos da empresa. Ao dominar indicadores, planejamento, tecnologia e comunicação, ele garante a manutenção como um centro de valor e competitividade para a empresa.
Se você pensa em crescer na área técnica, considerar essa função pode ser o seu próximo passo!
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